16 de mar. de 2014

Quando começou o vício?

Aos 15 anos coloquei meu primeiro cigarro na boca (aquele cigarro com sabor, conhecido como cigarro de bali). Foi numa festa, nem cheguei a tragar, apenas brinquei de soltar fumaça e achei aquilo sensacional, uma maravilhosa sensação de liberdade.

Até então não sabia qual era o efeito da nicotina, ainda não havia experimentado o tal prazer em fumar um cigarro, comentado por todos os fumantes. Nesta época, praticamente todos os adultos da minha família eram fumantes e eu já estava acostumada com o cheiro e a presença do cigarro em casa. Inclusive, conheci a nicotina na barriga da minha mãe, que fumou muito durante a minha gestação e me deixou de herança uma infância rica em problemas nos sistemas respiratório e imunológico, tais como asma e rinite alérgica.
Quando entrei na adolescência, por volta dos 12 anos, estes problemas de saúde foram desaparecendo e retornaram depois que comecei a fumar, o que não me impediu de ser fumante por 15 anos.
Então, é perceptível que não foi difícil começar a fumar. E a minha primeira tragada (aquela que faz a gente tossir parecendo que vai morrer) foi poucos dias após a tal festa, quando peguei o cigarro escondido no maço da minha mãe. E, logo após esta primeira experiência, veio o segundo cigarro, o terceiro, o quarto... neste momento, já havia sentido o delicioso prazer em fumar um cigarro, o tal relaxamento que todos os fumantes dizem sentir quando tentam justificar o porquê do vício.

Fumava nos finais de semana escondido da família ou quando ficava sozinha em casa. Até que fiz 18 anos, passei no vestibular, saí de casa e morando longe da família me senti totalmente livre. Sim, esta era a sensação que tinha ao fumar um cigarro, um sentimento de total liberdade e poder. Isto é tão contraditório, pois hoje me sinto tão dependente e sem poder sobre mim mesma.

Tenho exatos 15 dias sem colocar um cigarro na boca, o máximo que consegui ficar sem fumar até hoje.
Mas, por que eu decidi parar de fumar? É o assunto da próxima postagem...




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acenda ou apague o cigarro e deixe aqui seu comentário: